Palestrantes

Nathalia Monseff Junqueira

Professora Adjunta de História Antiga e Medieval da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Campus do Pantanal. É doutora em História pelo Programa de Pós-Graduação em História pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) (Bolsista CAPES). Possui graduação em História pela Universidade Estadual de Campinas (2005) e mestrado em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2007). Realizou estágio de Pós-Doutorado na École des hautes études en sciences sociales, EHESS (2011) e na Università degli Studi di Perugia (2021). Realizou o Pós-Doutorado no Programa de Pós-graduação em História da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, bolsista PDS do CNPq, processo 102014/2022-1. Foi Pesquisadora Visitante na Università degli Studi di Perugia (2024). É professora colaboradora do Programa de Pós-graduação em Estudos Clássicos da Universidade de Coimbra/Portugal e pesquisadora do G.LEIR-UNESP/Franca, Antiguidade e Modernidade: História Antiga e Usos do Passado - UNIFESP, Laboratório de Estudos sobre o Império Romano - USP, ATRIVM / UFMS - Espaço Interdisciplinar de Estudos da Antiguidade - UFMS e Messalinas - USP. Tem experiência na área de História, com ênfase em História Antiga e Medieval, atuando principalmente nos seguintes temas: História Antiga, Egito Antigo, Grécia Clássica, Literatura e Imperialismo francês no século XIX, Estudos de Gênero, Heródoto e Estrabão. É membro associado da ANPUH desde 2010 e membro da diretoria estadual (biênio 2022-2024). 

Todos os espaços também pertencem a elas: as atividades laborais das mulheres egípcias através das f

O gênero feminino, na Antiguidade, era marcado por elementos que indicavam sua fragilidade
e passividade diante das diversas atividades desenvolvidas na sociedade. Além disso, em
muitos momentos foi gerado um discurso que apontava para a separação física dessas
mulheres devido às suas características biológicas, o que justificava o isolamento em suas
casas e o afastamento dos assuntos políticos. Esse modelo feminino ideal foi reproduzido em
várias sociedades posteriores como uma ferramenta para corroborar a proibição da
participação das mulheres no mundo político. Para esta apresentação, propomos analisar
práticas femininas egípcias pertinentes ao mundo do trabalho e que vão de encontro a este
ideal feminino por meio do estudo da cultura material e de fontes antigas, dando uma nova
perspectiva a essas mulheres e nos permitindo compreender a diversidade de atividades que
elas realizavam no cotidiano das cidades. Nessa perspectiva, seria plausível incluir a categoria
de gênero como referência teórica, pois ela permite analisar como operam os mecanismos de
construção das atribuições dos dois elementos da pólis: homens e mulheres, uma vez que essa
construção só é possível a partir do momento em que esses dois grupos interagem entre si e,
após essa interação, as definições do que será masculino ou feminino seriam produzidas e
praticadas.

Youtube 07/08   Manhã - 07/08/2025 10:00 - 11:00