Possui graduação em História pela Universidade de São Paulo (1989), mestrado em Arqueologia pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (1995), trabalhando com numismática púnica, e doutorado em Arqueologia pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (2001), trabalhando com numismática berbere (norte-africana, númida e moura). Realizou seu pós-doutoramento, na área de Arqueologia Espacial (pesquisa de organização social númida norte-africana), entre 2002 e 2006, pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo, com estágio no Centre Camille Julian, da Université de Provence, em Aix-en-Provence, França. Trabalhou na equipe de escavação da Joukowsky Institute for Archaeology the Ancient World,Brown University em Corfu, Grécia, entre 1996 e 1999 e foi supervisora de campo nas escavações do sítio romano-castrejo de Tongobriga, em Portugal, entre 2004 e 2005, igualmente organizados pela Brown University. Atualmente é docente em Arqueologia Clássica no Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo, docente do curso de pós-graduação em Arqueologia do MAE-USP e coordenadora do Laboratório de estudos sobre a cidade antiga (Labeca-MAE/USP) junto à Professora Beatriz Florenzano. É editora chefe da Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo. Presidente da Comissão de Graduação do MAE-USP. Vice-presidente da Comissão de Cultura e Extensão do MAE-USP. Membro titular da Comissão de Pós-Graduação do MAE-USP. Bolsista Produtividade CNPq - Nível 2. Líder do Grupo de Pesquisa CNPq Numismática Antiga e Labeca - Laboratório de estudos sobre a cidade antiga. Tem experiência na área de Arqueologia, com ênfase em Arqueologia Histórica, atuando principalmente nos seguintes temas: Arqueologia Fenício-Púnica, Cartago, Norte da África berbere, Numismática Antiga, Iconografia e Arqueologia Espacial e da Paisagem.
Quem eram os fenícios? Entre mitos identitários e evidências arqueológicas
Nas últimas décadas, acompanhando os debates contemporâneos sobre identidade, a Arqueologia e a História vêm desafiando concepções essencialistas e homogêneas acerca dos povos do passado. Entre os casos mais controversos está o dos chamados "fenícios", cuja própria existência chegou a ser colocada em xeque. Nesta palestra, propomos refletir sobre essa questão à luz das discussões historiográficas recentes, analisando as evidências materiais e textuais que permitem delinear os contornos sempre dinâmicos dessa sociedade do
Mediterrâneo Antigo. Discutiremos também os legados atribuídos aos fenícios e o modo como a academia tem construído um consenso crítico sobre sua identidade e atuação histórica.