Palestrantes

André Luís Silva Effgen

Doutorando em Arqueologia pelo Programa de Pós-Gradução em Arqueologia do Museu Nacional (UFRJ) com o projeto de pesquisa "A violência ritual no Egito Greco-Romano: A influência egípcia na cultura material oriunda das práticas mágicas privadas" sob a orientação da Profa. Dra. Claudia Rodrigues Carvalho (MN/UFRJ) e coorientação do Prof. Dr. Rennan de Souza Lemos (Universidade de Cambridge). Mestre em Ciências das Religiões pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências das Religiões da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) com a dissertação "ENTRE THOT E HERMES TRISMEGISTO: AS COSMOGONIAS EGÍPCIAS NA LITERATURA HERMÉTICA" sob a orientação da Profa. Dra. Maria Lucia Abaurre Gnerre e coorientação da Profa. Dra. Joana Campos Clímaco. Membro do comitê gestor do "Seshat - Laboratório de Egiptologia do Museu Nacional/UFRJ". Membro do Neferhotep Project , projeto de escavação conservação e pesquisa do complexo funerário do escriba Neferhotep em Luxor no Egito. Graduado em História pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Possui experiência na área de Egiptologia, atuando principalmente nos seguintes temas: religião, práticas mágicas e crenças funerárias. Foi bolsista de iniciação científica pela FAPESB, integrando o projeto "Economia e sociedade no Egito Antigo: o caso de Amarna (1400-1320 a. C.)", sob orientação do Prof. Dr. Alexandre Galvão Carvalho. Foi monitor das disciplinas História Antiga I e II e bolsista de extensão na mesma universidade, integrando o projeto "História e Historiografia do Mundo Antigo".

Esmagando os inimigos do Egito e protegendo-te do mal: representações mágico-apotropaicas do deus Hó

Esta conferência propõe uma análise das representações do deus Hórus em seu
aspecto apotropaico, destacando sua atuação simbólica como defensor do Egito e protetor
contra forças malignas em contextos tanto oficiais quanto privados, entre o período faraônico
tardio e a era greco-romana. A partir de fontes materiais/iconográficas — como estelas
mágicas (as chamadas cippi de Hórus), amuletos, papiros mágicos e relevos templários —
examinam-se as estratégias iconográficas e discursivas que associam Hórus à derrota de seres
demoníacos, animais perigosos e inimigos do Estado. Considera-se, ainda, o modo como tais
representações, originadas em um contexto real e templário, foram apropriadas,
ressignificadas e adaptadas às necessidades individuais e práticas domésticas de proteção
mágica. Ao refletir sobre a tensão entre o uso político-religioso do mito e sua circulação no
âmbito privado, o estudo lança luz sobre as continuidades e transformações dos imaginários
mágicos egípcios sob influências culturais e religiosas externas. A pesquisa adota uma
abordagem interdisciplinar, combinando Arqueologia , Egiptologia, História da Religião e
Estudos sobre Magia Antiga.

Youtube 07/08   Tarde - 07/08/2025 14:00 - 15:00